Renda é confiscada pela Justiça e Colo Colo não fica nem com uma moeda da renda
Pouco mais de 38 mil reais. Esta foi a renda bruta do Colo Colo, jogando domingo passado no estádio Mário Pessoa, em Ilhéus. Aí você diria: pelo menos vai dar pra pagar algumas despesas, certo?
Errado.
Ao final da partida a direção do clube não ficou sequer com um real no bolso. Nem uma moedinha para falar a verdade.
Metade da arrecadação ficou com as despesas e impostos com o jogo. A outra metade, terminou confiscada pela Justiça do Trabalho para pagar indenizações a dois ex-atletas do clube.
A medida foi cumprida por um oficial de Justiça que estava no estádio.
O Jornal Bahia Online apurou que a diretoria jurídica do Colo Colo tentou uma liminar, ontem, para evitar que toda a renda que lhe caberia fosse confiscada. Não obteve êxito.
Vai tentar, agora, acordar com a Justiça e as partes envolvidas que apenas 15 por cento da renda líquida em jogos no Mário Pessoa, sejam destinados para cumprir a decisão judicial. Uma difícil missão, diga-se de passagem.
Além dos dois ex-atletas, outros cinco também ingressaram na justiça contra o clube. Dois já estão sendo negociados e, outros três, a diretoria aguarda citação.
Decididamente as últimas notícias sobre os cofres do clube não foram positivas. Um exemplo disso está no repasse a que o clube teria direito. Dos 98 mil reais previstos, houve descontos de incrições de atletas, participação na Copa Estado e, até, um adiantamento feito pela gestão anterior, quando o clube disputava a primeira divisão e vivenciava uma crise sem precedentes.
Resultado: chegaram aos cofres do Colo Colo apenas 20 mil reais. 78 ficaram retidos por conta de despesas vencidas.
Ademais, é bom frisar para o torcedor.
Sabe aquelas placas nas laterais do gramado? São do patrocínio master da FBF e, por enquanto, nenhum centavo chegou ao clube. Nem se sabe se efetivamente vai chegar.
O Colo Colo ainda teve que resolver um assunto delicado com os patrocinadores locais. Por medida cotratual da FBF, as placas locais tiveram de quer retiradas do gramado e a alternativa do clube tem sido afixá-las na entrada do estádio.
"De fato existe no regulamento a informação de que o espaço é da FBF. Mas há uma cláusula em que ela admite avaliar caso a caso a afixação de novas placas. As do Colo Colo, por enquanto, foram negadas", afirma uma pessoa ligada ao clube.